quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os Desiguais.



Vivemos em um “Estado” anômalo onde as políticas sociais não são constituídas, mas sazonais e direcionadas a grupos de “currais eleitoreiros” para atenderem a interesses políticos... ...servem apenas àqueles que gravitam os cofres públicos... ...constituindo-se numa distorção entre os objetivos que o próprio Estado estabelece em relação às partes. De um lado os entes sociais em busca da estabilidade a partir das obrigações do Estado, de outro os que buscam as benesses desse Estado sem a contrapartida de seus deveres, entre esses, aqueles que vivem a margem dos benefícios das obrigações do Estado, daí a desarmonia nessas relações.

Acima desse trinômio da discórdia social encontramos, soberano e indiferente, aquele que deveria eliminar essa desigualdade: o “Estado monárquico e  imperialistas” substituindo o "Estado ético e forte".

Surrealisticamente, parte significativa da sociedade independe e desconhece o Estado como Governo constituído, pois sobrevive à margem dos direitos constitucionais!...

Os Silvestres, as Marias e suas crias:

- não moram, habitam;
- não se alimentam, minimizam a fome;
- não se deslocam, migram;
- não são consultados, são benzidos;
- não tomam medicamento, bebem chá;
- não usam linimento, usam “ventosas” (*);
- não procriam, multiplicam;
- não “constam”, pois não são contados;
- que Deus os tenha, porque não têm deus;
- não são “Silvas” porque não são iguais.
- não são “iguais” nem na morte porque começam a ser consumidos pelos “vermes” ainda em vida!...


(*) - Procedimento rudimentar constituído de um copo com álcool em chamas, que emborcado sobre a região dolorida é abafado fazendo com que a chama restante queime o ar formando vácuo ao mesmo tempo em que suga a pele para dentro e, supostamente,  leni a dor...

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