segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Poesia.

O Gaio enfeitado com as penas do Pavão

Com as penas de um pavão que estava em muda, um gaio tolo se adornou;
Depois, entre os pavões, ele se apresentou,
E então foi um deus-nos-acuda!
Embora empavonado, foi reconhecido, vituperado e escarnecido,
Despojado das plumas e das próprias penas.
Retornando a seus pares, foi de lá banido,
e nunca mais quis fazer cenas.
Como o gaio, outros bípedes conheço bem
Que se adornam com os restos do que foi de alguém:
O povo os chama de “plagiários.”
Mas como mencionar tal tema não convém,
Evitemos os comentários.

Jean de La Fontaine


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