sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Perfeição?!...

  O Ramo Biológico da Antropologia Social estuda o indivíduo enquanto evolui e interage no tempo e espaço – seu universo – limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas, razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão.
Em princípio as sociedades estabelecem limites entre o bem e o mal imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes da conceituação maniqueísta, admitindo imperfeição no comportamento do “ser humano”, quando deveriam "regular" a perfeição, que rejeitam por não a compreende-la... ...Não fosse assim como aceitar as ações e reações da evolução do “todo” se não admitirmos a de uma “parte”, que somos nós interagindo nesse todo?
A lei da Natureza Universal é que regula o equilíbrio entre as “ações e reações” e a “utopia e o pragmatismo” do ser humano. 
O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a mentira e a guerra são apenas verbis” consuetudinárias dadas às ações e reações desse “ser antropológico” – o homem –, que, na natureza, é partícula infinitesimal dessa perfeição não o contrário como somos induzidos a acreditar.
O saber, sob o ponto de vista biológico, fundamenta-se em duas características: a capacidade dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados pela Natureza, que tiverem as duas, correrão juntos ou a frente do tempo e do “restante” e se divididem em três grupos:
a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela compreensão geral, exemplo:Leonardo da Vinci.
b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplo da área: da matemática, da física, das artes, da Medicina...
c) – Os que variam da “imbecilidade” (congênita) a “minimidade de percepção” e gravitam dependentes dos dois outros grupos...
Mas a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente, rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer os limites das suas e das percepções de seus semelhantes; poder avaliar a “realidade” que os rodeia; enfim o universo em que vive. Fora isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do ser humano com a Natureza.
Muitos entendem isso outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar: como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco; deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”...
Não lhes contestaria, mesmo que pudesse, porque estamos, todos, neste contexto e aceito o que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse tempo e nesse espaço que são infinitos...
Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que deveriam ter essa compreensão?...  ...Devemos, no mínimo, pensar sobre isso!

Delmar Fontoura.

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