terça-feira, 20 de dezembro de 2011

É Natal no O Portal.

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               Mensagens aos amigos do Blog
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Aos amigos do  O Portal um Feliz Natal.
 Delmar Fontoura 
 
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Caminho do saber e da compreensão...








Nossos Caminhos.

Nossas vidas se entrelaçam de caminhos: os bifurcados, os tortuosos, as subidas, as descidas, os avanços, os retrocessos; todos com armadilhas, umas que armamos outras que nos armam...

Durante nossas jornadas enfrentamos: aragens, ventos e ciclones; garoas, chuvas e temporais; vulcões, terremotos, maremotos e tsunamis, que atravessaremos ou serão nossas últimas paradas.

Essas são as regras de uma cartilha as quais não nos foi dado o direito de rejeitá-las, pois nos colocaram aqui, compulsoriamente, sem que pudéssemos manifestar nossa vontade... ...encontramo-nos, portanto, sujeitos ao amor e ao ódio, entre os quais existe uma gama imensurável de sentimentos, essência de nossas condutas.

O “saber” e a “compreensão” talvez sejam os únicos caminhos até o “prazer” em nossas jornadas... ...não sei se “pleno”... ...mas fora isso só a “amargura”... ...e eu não sou uma pessoa amarga!...

Delmar Fontoura.
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Por favor... ...rezem comigo... 

Meu Deusinho! Ouvi dizê que é tempo de comemorar o nascimento de um de seus filhos e que a gente deve rezar muito... ...por isso tô rezando, não no meu blá... blá... blá..., porque ouvi papai dizê que aqui os titios maus me arremedam muito, eu não entendo o que é e o Senhor pode não entender também, por isso vou tentar rezar, mais ou menos, com as palavras de papai e mamãe... ...tá bom, meu Deusinho!
Por favor, olhe pra baixo uma vezinha só, mas quando olhar enxergue: meu paizinho, minha mãezinha, meus irmãozinhos e não esqueça de olhar: para meus amiguinhos e para os papaizinhos deles, aqui do lugar onde moro...
Ah! Papai do Céu, vê se consegue uma teta para aqueles meus irmãozinhos lá da África... ...Dá uma tristezinha muito apertada no meu coraçãozinho ao ver suas mamãezinhas com as tetas secas, sem leitinho, por isso morrem de inanição... ...ah meu Deusinho, essa palavra eu achei tão feinha, mas eu ouvi papai dizê, por isso to repetindo pro Senhor podê entender... tá bom... ...Papai disse que todos eles morrem por causa dessa palavra feia que eu disse... ...que pecado meu Deusinho... ...me perdoe... ...não vou dizê mais...
Ah Outra coisa, Papai do Céu! Aqui onde eu moro, Papai disse que é num lugar muito grande e tem o nome... ...não me lembro muito bem, mas parece que é brazíu... ...mas é onde tem uns titios muito maus, que mentem muito... ...e ouvi papai dizer que eles... ...ah Papai do Céu! Eu tenho vergonhinha de dizer... ...mas se entendi bem acho que papai quis dizer que eles pegam o que não é deles… ...foi isso mesmo, é foi isso: pegam o que não é deles e eu não sei o que é, mas o Senhor deve saber...
Eu choro muito, Papai do Céu, mas sou muito pequenininho e não posso fazer nada: não sei falar ainda... ...não sei escrever, não sei pedir pros meus paizinhos, por isso eu tou rezando baixinho só pro Senhor ouvir, porque todos os dias eu vejo papaizinho e mamãezinha rezando e fazendo o mesmo pedido, mas o Senhor parece que não ouviu... ...acho que eles rezam baixinho demais... ...É! Acho que é isso... ...pode ser... ...por isso eu to pensando bem alto pro Senhor ouvi...
Desculpa Papai do Céu; eu sei que o Senhor é muito ocupado, mas dá um geitinho... ...Por favor!... Ah pra mim não quero nada não... ...se o Senhor atender estes pedidos fico contentinho... ...Ah e se eu puder crescer em paz, aqui onde moro, quando for grande, vou ajudar esses meus irmãozinhos necessitados e seus papaizinhos... ...eu prometo pro Senhor.
Tiau Papai do Céu... ...o Senhor sabe onde eu moro se quiser falar comigo...

Abença, Papai do Céu...

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Hugo Caldas

Pelo fato de haver praticamente vivido dos 7 aos 12 anos de idade, dentro de um pequeno Piper Cub pilotado por meu pai, histórias sobre aviadores e aviões me são bastante caras. Abaixo, relato da maneira como me foi contada essa História Natalina. Vale ressaltar que até a Segunda Guerra Mundial nós sabíamos perfeitamente quem era o mocinho e quem era o bandido. Hoje, infelizmente... H.C.


"Naquela manhã de 24 de dezembro de 1943, Charles Brown, de 21 anos, era o comandante do Boeing B-17 do 342º Grupo de Bombardeio em Kimbolton, Inglaterra. Seu B-17 era chamado “Ye Olde Pub” e se encontrava em terrível estado, após ser atingido diversas vezes por fogo antiaéreo e caças durante uma difícil missão de bombardeio de uma fábrica em Bremen, na Alemanha. Todo o equipamento de orientação, bússola, rádio, etc, estavam danificados e o avião absolutamente desorientado, se dirigia perigosamente cada vez mais para dentro do território alemão ao invés de voltar para a base em Kimbolton. Dos dez membros da tripulação sete estavam seriamente feridos e ele próprio sangrava, com um estilhaço encravado no ombro esquerdo.

Após um rasante sobre um aeroporto inimigo, Charlie Brown enquanto guiava o seu agonizante bombardeiro de volta para a base, sentiu o coração gelar quando olhou para a janela direita e viu que um Messerscmidt 109, avião de caça, armado até os dentes, voava junto à sua asa, perigosamente perto do que restava da sua Fortaleza Voadora.

O piloto de caça alemão, Franz Stigler havia sido ordenado a decolar e derrubar o que restava do B-17. Ao se aproximar do quadrimotor, o alemão não pôde acreditar no que estava vendo. Nunca tinha visto uma aeronave em estado tão ruim. Da cauda e da sessão traseira da aeronave pouco restava, o artilheiro de cauda estava ferido. O artilheiro de dorso tinha seus restos espalhados pela fuselagem. O nariz da aeronave estava esfacelado, e havia furos enormes por toda parte. Era só destruição.

Bem armado, Franz voou para o lado da Fortaleza Voadora e olhou fixamente para Charlie Brown que aterrorizado lutava para manter no ar seu destruído e ensangüentado avião. Parecia incrível que aquele B-17 tão despedaçado permanecesse no ar. Brown fazia de tudo para alcançar as costas da Inglaterra há 400 quilômetros dali.

Percebendo que os americanos não tinham a menor idéia de onde se encaminhavam, o piloto alemão começou a balançar as asas indicando que ele deveria virar 180 graus. Assim foi feito e Franz voou ao lado, escoltando o bombardeiro até o Mar do Norte, em direção à base na Inglaterra. Então, inesperadamente ele saudou Charlie Brown e voltou ao continente.

Ao pousar Franz, preencheu os formulários de praxe atestando haver derrubado o B-17 em pleno mar. Ele nunca disse a verdade a ninguém. Na chegada à Base, Charlie Brown e seus tripulantes contaram a verdade no relatório, mas receberam ordens de não comentar o incidente.

Mais de 40 anos se passaram e Charlie Brown não conseguia esquecer o incidente e queria encontrar o piloto da Luftwaffe que tinha salvado sua tripulação. O episódio do piloto alemão que recusou-se a atacar o adversário ferido continuava a lhe perseguir. Brown continuava no firme propósito de encontrar o piloto inimigo que o havia ajudado a chegar a base distante. Franz por sua vez jamais falou sobre a aventura, nem mesmo em reuniões no pós-guerra.

Quis o destino que eles se encontrassem numa reunião do 342º Grupo nos EUA em 1989, junto com outros cinco tripulantes do B-17. Brown escreveu numerosas cartas para fontes militares alemãs, mas teve pouco ou nenhum sucesso. Finalmente, uma pequena nota em jornal de veteranos da Luftwaffe exibiu uma resposta de Franz Stigler, ás de 28 vitórias aéreas. Ele, descobriu-se finalmente, foi aquele anjo misericordioso nos céus da Alemanha naquele fatídico 24 de dezembro, Véspera do Natal de 1943.

Foram 46 anos de espera, mas em 1989 Charles Brown, após uma troca de cartas, encontrou o misterioso homem do Me 109. Sabatinado, Stigler discorreu sobre detalhes comuns aos dois aviadores e não restou a menor dúvida sobre sua identidade. Na sua primeira carta para Brown, Stigler escreve:

- “Após todos esses anos, imagino o que aconteceu com o B-17, ele sobreviveu?”

Sobreviveu, por pouco. Mas porque o alemão não destruiu sua presa, absolutamente indefesa?

- “Não tive coração para aniquilar aqueles bravos homens, disse Stigler. Voei ao lado deles por um longo tempo. Eles tentavam desesperadamente voltar para a Base, e eu ia permitir que o fizessem. Eu não podia ter atirado neles”.

Após a guerra Stigler emigrou, para o Canadá e viveu perto de Vancouver, na Columbia Britânica. Um certo dia Brown voou para lá para uma reunião. Confraternizaram.

- "Ele quase quebrou minhas costelas, tão forte foi o seu abraço, disse Brown”.

Dai em diante os dois se visitaram com freqüência e apareceram juntos em eventos militares nos EUA e Canadá. No Air Force Ball de Miami em 1995, os dois receberam diversas honrarias. Franz Stigler faleceu no dia 22 de março de 2008, aos 92 anos de idade.

Toda essa história aconteceu porque Franz Stigler não disparou suas armas naquele 24 de dezembro de 1943."



Hugo Caldas.

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No espírito de Natal
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Néctar da Vida.

As coisas singelas de viveres simples,
muitas das vezes, são onde estão
os mais puros encantos da natureza.
Mas para atingirmos essa compreensão
e para que esta nos leve ao prazer da vida
é necessário que agucemos as percepções
para podermos:
ver o belo; Ouvir os sons; acariciar;
perceber os Sabores; sentir os aromas
das flores e do amor...
...pois se tivermos esse compreender,
nos lambuzaremos no Néctar da Vida!

Delmar Fontoura

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A gente pode
morar numa casa mais ou menos,
numa rua mais ou menos,
numa cidade mais ou menos,
e até ter um governo mais ou menos.


A gente pode
dormir numa cama mais ou menos,
comer um feijão mais ou menos,
ter um transporte mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar
mais ou menos no futuro.

A gente pode
olhar em volta e sentir que
tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo,
nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos,
sonhar mais ou menos,
ser amigo mais ou menos,
namorar mais ou menos,
ter fé mais ou menos,
e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco
de se tornar uma pessoa mais ou menos.


Chico Xavier



Um comentário:

  1. Márcia Barcellos da Cunha20 de dezembro de 2011 às 17:34

    Maravilha!!! Tudo depende de nós, do nosso empenho, da nossa disposição em melhorar,da nossa maneira de viver, buscando assim a felicidade. Grande abraço. márcia

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