Meu Arco-íris...

Há momentos em que, divorciado da razão, me deixo tomar pelo bater mais forte do coração e pelo utópico, mesmo ouvindo o cutucar do meu lado realista: Volta!... Volta bobão... Volta para a realidade... ...Mas eu não volto...

Insisto, indiferente a esses apelos, dedilhando sobre a farsa subtrativa da mistura de cores do ébano do meu teclado, na esperança de que um momento mágico, como o toque de um condão, faça com que, desse ébano, surja o Arco-Íris que nos conduza ao pote de ouro do realismo, da lógica e da razão... ...Sigo, então, aguardando que esse sonho se materialize. Quem sabe onde um sonho pode nos levar!...

Delmar Fontoura.