Mistificação para Mitificar Verdades e
Mentiras...
O que está
por trás dessa página de nossa história política?...
Infelizmente
o “Regime de Exceção Militar de 1964” ainda comemorará seu centenário sem que venhamos
dar luz ao que esteve por trás dessa triste página de nossa história, pois os
Neolulopetistas não permitem que essas “feridas” cicatrizem; que paire verdade sobre
as verdades e mentiras e muito menos querem saber em que contextos ocorreram
suas causas e consequências... Só
estimulam o extremismo de paixões e sentimentos de revanchismo, pela “derrota”
ou pela “conquista” que não houve... ...pois sabemos que só houve perdas...
Por que não
buscam respostas para as seguintes indagações:
- Em nome do
que os militares tomaram o poder em 64?
- Se foram
tão maus, como afirmam, o foram por quê?
- Indagações
que não fazem:
- Por que só
bem mais tarde surgiram as torturas?
- Por que só
editaram o AI - 5 em 13 de dezembro de l968?
- Por que a
história do Regime Militar registra a existência da “linha Dura”?
- A
existência da “linha Dura” não é o contraponto de outra “linha”?
- Quem se
insurgiu contra quem nessa “obliteração”?
- Existia ou
não a “razão” que os Militares alegavam para o Novo Regime?
- Comparados
aos “supostos agentes do mal”, contra os quais afirmam terem se insurgido, quem
cometeu mais erros de gestão ou roubou mais dos Cofres Públicos?
- Se têm notícia
de que algum militar, presidente ou não, tenha aumentado seu patrimônio
desproporcionalmente ao seu “Soldo” durante os 24 anos que estiveram no poder?
- E Lula,
Dilma, Dirceu, Palocci, Sarney, Collor, Renan e outros tantos, exemplos de
dignidade e ética ilibada, em oito anos quanto aumentaram seus patrimônios?
E não me venham com a “estória das
torturas”, que, embora descabidas,
ocorreram em tempos de exceção em contrapartida ao “Terrorismo” de então, pois
eu argumentarei indagando: em nome do que, uma e somente uma tortura, a de
Celso Daniel, praticada em tempo de paz, foi tão covarde e cruel comparada a
todas, que alegam terem sido praticadas pelos militares em tempos de exceção...
Que senso de
justiça é esse através do qual querem punir “aqueles” e isentarem “esses”?
Se “aqueles” maus, há um tempo,
ensarilharam suas armas nos quartéis,
por que “estes”, tão justos, não
ensarilham seus espíritos nos cordéis?
Por que o
personalismo maniqueísta de um lado enuncia “heróis e vilões” quando sabemos
que não houve... ...colocam o real na nebulosidade da dúvida ao continuarem
avivando essas “feridas” e negando verdade sobre as verdades e mentiras, que se
confundem na covardia do anonimato, mas por quê? Eu respondo! Porque, nesse
caso, nem as supostas “verdades e mentiras são nobres”, pois, entre elas,
existem falsos sentimentos tanto de júbilo quanto de dor, “rescaldo” de uma
batalha entre irmãos da qual não resultaram vencedores, muito menos vencidos,
mas que já está gravada como uma mácula em nossa história...
Ora gente!
Chega de mistificação com essa tentativa de mitificar verdades e mentiras de
nossa história, que ainda estão vivas em nossa memória...
Delmar Fontoura.
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