sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A Perfeição?!...

O homem ainda não se encontrou na natureza, lhe faltam peças nesse
quebra-cabeça!...

 
Como é contraditória a evolução de nosso conhecimento!... 
O Ramo Biológico da Antropologia Social estuda o indivíduo enquanto evolui e interage no tempo e no espaço – seu universo – limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas, razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão. 

Em princípio as sociedades estabelecem limites entre o bem e o mal imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes da conceituação maniqueísta, admitindo imperfeição no comportamento do “ser humano”, quando deveriam “regular a perfeição”, que rejeitam por não compreende-la... ...Se ainda não aceitamos as ações e reações da evolução do “todo”, como vamos aceitar a de uma “parte”, que somos nós interagindo nesse todo?  

A lei Universal da Natureza é que regula o equilíbrio entre as “ações e reações” e a “utopia e o pragmatismo” do ser humano.  

O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a mentira e a guerra são apenas apelidos consuetudinários dados às ações e reações do homem, que, na natureza, é partícula infinitesimal dessa perfeição não o contrário como é induzido a acreditar, pois ele não é o centro do universo. 

Mas essa compreensão depende de dois fundamentos: a capacidade dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados ou não pela Natureza, que as tiverem ou não, correrão juntos, a frente ou atrás do tempo e do restante, dividindo-se em: 

a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela compreensão geral que têm, exemplo:Leonardo da Vinci; 

b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplos aqueles que se destacam nas áreas: da matemática, da física, da música, da pintura, da Medicina, da Literatura; 

c) - Os não privilegiados, que variam da “imbecilidade” (congênita) a “baixa capacidade de percepção”, gravitam dependentes dos dois outros grupos...  

Mas a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente, rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer os limites de suas percepções; poder avaliar a “realidade” que o rodeia. Fora isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do ser humano com na Natureza e consigo mesmo. 

Muitos entendem isso, outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar: como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco; deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”... 

Não lhes contestaria porque estamos, todos, neste contexto e aceito o que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse tempo e nesse espaço que são infinitos... 

Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que, por obrigação de ofício ou de atividade, deveriam ter essa compreensão e transmiti-las aos leigos?...  ...Devemos, no mínimo, pensar sobre isso! 

Delmar Fontoura. 
 
 

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