O homem ainda não se encontrou na natureza, lhe faltam peças nesse
quebra-cabeça!...
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O Ramo Biológico da Antropologia Social estuda o
indivíduo enquanto evolui e interage no tempo e no espaço – seu universo –
limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas,
razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso
é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento
filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão.
Em princípio as sociedades estabelecem limites entre o bem e o mal
imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes
da conceituação maniqueísta, admitindo imperfeição no comportamento do “ser
humano”, quando deveriam “regular a perfeição”, que rejeitam por não compreende-la...
...Se ainda não aceitamos as ações e reações da evolução do “todo”, como vamos aceitar a de uma “parte”, que somos nós interagindo nesse todo?
A lei Universal da Natureza
é que regula o equilíbrio entre as “ações e reações” e a “utopia e o
pragmatismo” do ser humano.
O saber, a bondade, a benevolência, a
verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a
mentira e a guerra são apenas apelidos consuetudinários dados às ações e
reações do homem, que, na natureza, é partícula infinitesimal dessa perfeição
não o contrário como é induzido a acreditar, pois ele não é o centro do
universo.
Mas essa compreensão depende de dois fundamentos: a capacidade
dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados
ou não pela Natureza, que as tiverem ou não, correrão juntos, a frente ou atrás do
tempo e do restante, dividindo-se em:
a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela
compreensão geral que têm, exemplo:Leonardo da Vinci;
b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente
parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplos aqueles que se destacam nas áreas: da
matemática, da física, da música, da pintura, da Medicina, da Literatura;
c) - Os não privilegiados, que variam da “imbecilidade” (congênita) a “baixa capacidade
de percepção”, gravitam dependentes dos dois outros grupos...
Mas a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente,
rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar
quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer
os limites de suas percepções; poder avaliar a “realidade” que o rodeia. Fora
isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do
ser humano com na Natureza e consigo mesmo.
Muitos entendem isso, outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar:
como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco;
deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”...
Não lhes contestaria porque estamos, todos, neste contexto e aceito o
que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse
tempo e nesse espaço que são infinitos...
Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que,
por obrigação de ofício ou de atividade, deveriam ter essa compreensão e transmiti-las aos leigos?... ...Devemos, no mínimo, pensar sobre
isso!
Delmar
Fontoura.
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