O Contraponto de
Minha Existência.
De muitas outras, desse novo
tempo e espaço, escrevo apenas as primeiras linhas ainda no leito de um
hospital, com as cárdias forradas pelo acúmulo de sentimentos vãos, que não
ecoaram enfartados em si mesmos.
Em minha concepção de vida e
morte eu morri... ...Morri uma morte, que, inexorável, transcende ou o pouco ou
o muito de minha espiritualidade... ...para minha compreensão de naturealista
ela sempre está ao meu lado... ...como contraponto de vida. Enfim morri mais um
pouco... ...em meu tempo e espaço.
Foi a natureza, determinante desse
surrealismo, que, onipotente, punhal entre os dentes, sangrou-me esse pouco,
até essa morte!
Apesar de meu naturealismo, confesso que,
como contraditório sonhador, fui vencido! Submeto-me, então, a realidade do
mais forte... ...Enganei-me ao pensar que poderia ludibriar a natureza, que,
sorrate, me quebrou como à casca de um “ovo de Colibri que cai do ninho”...
Mas a vida que me sobrou está em primeiro
lugar... ...não vou mais permitir que “espinhos” me machuquem tanto. Doravante
cuidarei, somente, das flores do meu jardim... ...dentre elas, das
rosas, perceberei, somente, a exuberância de seus perfumes e formas...
Delmar Fontoura
Querido tio Delmar: Após quatro meses, exatamente, você está voltando às lides literárias. Já era tempo. Todos reclamávamos sua ausência, que forçada pelo cuidado que você dispensou para com a sua saúde, chega agora com novos temas de nosso interesse, de uma beleza inexplicável. Veja o último parágrafo de seu segundo texto: " Mas a vida que me sobrou está em primeiro lugar... ...não vou mais permitir que “espinhos” me machuquem tanto; doravante cuidarei, somente, das flores do meu jardim... ...dentre elas... ...das rosas... ...perceberei, somente, a exuberância de seus perfumes e formas..."
ResponderExcluirUm abração e volte com tudo.... De seu sobrinho Derli Baltasar Castagna Paim - São Leoploldo - RS