Um dos Extratos... |
A Base e o Topo da Pirâmide Social.
Há
diferenças importantes entre as manipulação e submissão políticas eleitoreiras
exercidas sobre “extratos” sociais, que não coincidem com as exercidas sobre “estratos”
sociais, mas a ambas cabe a análise através da Antropologia, até por que, nos nichos
da pirâmide social, a base e o topo se distanciaram tanto entre si, que
extrapolaram, até, os limites da Sociologia pura por serem imanentes
de políticas econômicas adotadas por toda a nossa história. Tratam-se, na verdade, de excrescências da civilização moderna, pela brutal e criminosa distribuição
de renda, merecendo um tratado muito mais aprofundado, que deveria estar no
topo das proposições das plataformas políticas, mas não está!...
Mas por que existe essa deformação? Por
uma razão muito simples! O gestores “do
papel econômico” do Estado é o mesmo oriundo da política eleitoreira a que
me refiro acima, por isso não tem a percepção natural de que não basta seguir
a risca os tratados básicos de Economia para
consolidá-la. Mas deveria ser seu dever conduzi-la com a “razão”, pois os
fenômenos que regem a Ciência Econômica são orgânicos, redundantes
na expectativa, inconstantes no tempo, variáveis na espécie e
autônomos-outodeterminantes, originados na polissemia do
interesse social.
Portanto, por não conhecerem este “axioma
do escopo econômico” do Estado, ainda convivem com a
ambiguidade dominadora de trilogias ideológicas arcaicas de onde se origina a razão de não saberem interpretar a tendência às políticas de objetivos
da sociedade, que, como já vimos, é polissêmica, pois aponta para todos os
quadrantes de seus interesses, constituindo-se na “Rosa das Ideologias Sociais”,
embora pareça ser uma contradição aos fundamentos naturais da organicidade do
Estado constituído, que deve agir, somente, como regulador policrata.
Observa-se, nesse fenômeno
natural, que enquanto essa organicidade é uma imposição para desenvolvimento e
harmonia do Estado moderno, a polissemia dos interesses sociais é a natureza do
ser antropológico interagindo na sociedade, que suporta a moderação
organizacional desse Estado, mas não permite freios a seu princípio...
Com
suas visões distorcidas e seus interesses escusos, os atuais “agentes políticos”, manipulam essa deformação social para se manterem ou acessarem os nichos
superiores, alargando a base da Pirâmide e transformando seus componentes
em “extratificados da sociedade”, pois quanto mais alarga-se a base mais esses
agentes migram para o topo!...
Delmar
Fontoura
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