A magia da natureza dota o ser humano com inatas “diferenças” que o caracteriza como indivíduo e lhe possibilita desenvolver mais ou menos suas percepções, que, ao longo da existência, serão decodificadas forjando seu caráter, para que, através deste, assuma: seus erros, seus acertos, suas virtudes, suas vilanias, suas verdades, suas mentiras, seus ódios e seus amores!...
É essa Engenharia que estabelece quanto há
de diferença em nossas semelhanças como ser antropológico, pois, embora nossa
estrutura biológica nos de condições de perceber o que nos rodeia, é a “nuvem
intangível” dessa maravilha — que alguns chamam de sexto sentido — que
desenvolve uma capacidade imensurável e incompreensível, que extrapola o
entendimento que temos do grau de desenvolvimento das percepções: Quociente de
Inteligência - QI.
Os que atingem um grau elevado são os Gênios, capacitados para transitarem entre
o bem e o mal...
Os com percepções medianamente
desenvolvidas: são os mais equilibrados
nas relações com a natureza, moderam-se na coexistência entre o bem e o mal...
Já os que têm essas mesmas percepções pouco
ou não desenvolvidas são os portadores
de deficiências psíquicas, incapazes de perceberem diferenças entre as verdades
absolutas e as relativas na coexistência com a natureza e com a sociedade.
Mas esse Bem e esse Mal aos quais me refiro,
não são os dualísticos do maniqueísmo, mas os da bondade e da maldade imanentes da formação do caráter.
Mas ser humano evolui e
interage no “universo” limitado por sua compreensão. Ocorre que as dimensões do
tempo e do espaço são infinitas, razão maior do mistério e dos conflitos do
homem com a Natureza e consigo mesmo, mas, para o “bem social”, precisamos
avançar nessa compreensão.
O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba, a onipotência, a
mentira e a guerra são apenas apelidos consuetudinários dados ao
comportamento desse ser, que, na natureza, é partícula infinitesimal desse
dualismo dicotômico.
Mas essa compreensão
depende da capacidade dedutiva e da mnemônica, que são complementares entre si
e congênitas. Os privilegiados ou não pela Natureza, que as tiverem ou não,
estão à frente ou atrás do tempo e se dividem em três grupos:
- Os de percepção completa, que tendem a
sublimar-se pela compreensão que têm do universo em que vivem exemplo: Leonardo
da Vinci;
- Os de percepção
incompleta, que desenvolvem parte das capacidades dedutivas e mnemônicas,
exemplo: os que se destacam nas áreas da matemática, da física, da música, da
pintura, da Medicina, da Literatura;
- Os não privilegiados,
que variam da “imbecilidade” (congênita) a “impercepção”, gravitando
dependentes dos dois outros grupos...
Isso é tão real que está
acima ou além do que afirmam as vertentes do pensamento filosófico!...
Delmar
Fontoura
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