sábado, 16 de abril de 2011

Artigo: Diagnose da Racionalização da Economia Brasileira.

A estrutura organizacional pública, que, ao projetar seu processo de instalação, reestruturação ou de gestão, deixe de empregar os princípios elementares da Racionalização, não conseguirá se manter organizada, desencadeando efeitos contrários aos do “objeto” do processo.

A estrutura do organismo público, por força de sua natureza, precisa estar atenta ao processo evolutivo de sua atividade fim e quando necessitar implementar um projeto de Reestruturação Organizacional, seja de “órgão” ou de “atividade”, com muito maior razão deverá fazê-lo munindo-se de instrumentos que desencadeie reações catalisadoras na otimização dos recursos, humanos, materiais e financeiros que forem postos à disposição, transformando-os na energia necessária para atingir a eficácia desse projeto.

Podemos comparar a Atividade ou a Estrutura Organizacional Pública, criada ou reestruturada sem o processo de Racionalização, a uma “estrutura biológica” enfraquecida, que, em decorrência de uma disfunção metabólica, ingere alimento, mas não se nutre; analogamente esta estrutura poderá injetar recursos em suas atividades, mas nem crescerá nem desenvolverá... Muitas vezes usam-se recursos extras – seriam os medicamentos na estrutura biológica – alocam-se estes recursos no órgão ou atividade, que poderá até aparentar “eficiência”, mas esta será desordenada, geométrica e inversamente proporcional à “eficácia”, comparáveis aos parâmetros “qualificáveis” desse crescimento, ou seja, àquilo que se referir ao objeto do Papel que lhe compete, que é como, comumente, ocorre  na gestão da “Coisa Pública”....

As Estruturas Organizacionais Públicas, responsáveis pelo processo evolutivo do universo a que servem, têm Papeis que se relacionam as atividades de naturezas e funções da maior relevância para a sociedade e lhes envolve, obrigatoriamente, numa dinâmica, que impõe atualizações no tempo e no espaço em que atuam. Os agentes gestores, nesses casos, deveriam munir-se de um instrumento básico: a RAZÃO, pois esta representa o emprego da lógica quando o objeto é instrumentalizar Atividades ou Estruturas Organizacionais Públicas... 

Já, no que se refere à Economia, nem mesmo seguindo a risca esses princípios básicos o gestor público terá o poder de consolidá-la. Mas terá e será seu dever conduzi-la com a “razão”, pois os fenômenos que regem a Ciência Econômica  são orgânicos sim, mas, redundantemente, inconstantes variáveis e autônomos-outodeterminantes. Quem não conhece este “axioma econômico” não tem e não terá condições de gerir a Economia nem de sua casa, que dirá de um País...

A Gestão Econômica do “organismo” público pode ser comparada às necessidades de um paciente, que, por causa de uma patologia incurável, é condenado a viver “eternamente” numa UTI, exigindo cuidados permanentes... ...Se os médicos forem relapsos, nos processos de manutenção dessa vida, os procedimentos que a matém falham; ao contrário, se souberem aplicar o tratamento adequado prolongam a sobrevida do paciente... ...Simples assim? Não! Só na teoria, mas, terrivelmente, verdadeiro e complexo na execução!... 

Analogicamente, conclui-se que, a Gestão Econômica no Brasil sofre o agravante de ter sido: “tirada da UTI, estar recebendo sedativos entorpecentes, em lugar de medicamentos adequados, e sendo tratada por charlatões”.

J. P. Fontoura.




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