O Ramo Biológico da Antropologia estuda o ser homano enquanto evolui e interage no tempo e espaço – seu universo – limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas, razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão.
Em princípio as sociedades estabelecem limites entre o bem e o mal imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes da conceituação maniqueísta, partindo do princípio de que o comportamento do “ser humano” é imperfeito, mas não é... ...ao contrário é a “perfeição”, que rejeitamos por não a compreender... Não fosse assim como aceitar as ações e reações da evolução do “todo” se não admitimos a de uma “parte”, que somos nós interagindo?
O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a mentira e a guerra são apelidos consuetudinários dados às ações e reações desse “ser antropológico” – o homem – na natureza e partículas infinitesimais dessa perfeição, não o contrário como somos levados a acreditar.
Mas o saber baseia-se em dois fundamentos: a capacidade dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados pela Natureza, que as tiverem, correrão juntos ou a frente do tempo e do “restante”, divididos em três grupos:
a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela compreensão geral que têm, exemplo:Leonardo da Vinci.
b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplo da área: da matemática, da física, da música, da pintura, da Medicina...
c) – Os que variam da “imbecilidade” (congênita) a “medianidade de percepção”, que gravitam dependentes dos dois outros grupos...
Por isso a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente, rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer os limites de suas percepções; poder avaliar a “realidade” que o rodeia. Fora isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do ser humano com a Natureza.
Muitos entendem isso outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar: como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco; deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”...
Não lhes contestaria, mesmo que pudesse, porque estamos, todos, neste contexto e aceito o que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse tempo e nesse espaço que são infinitos...
Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que deveriam ter essa compreensão? Nada!... ...Mas devemos, no mínimo, pensar sobre isso!
J. P. Fontoura.
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