sexta-feira, 22 de julho de 2011

Minhas “artes”.

Quando digo que compreendo a natureza não quero dizer que me exclua dessa compreensão. Tenho as mesmas dificuldades e angústias próprias do ser humano e sei que o que nos diferencia é o grau de nossos complexos e incomplexos e a capacidade de compreendê-los.

Mas a Arte só é arte porque é a manifestação espontânea da estética de sentimentos, mas não se pode intervir nesse processo a exemplo do que fizeram ao obrigarem “Charles Chaplin a falar emudecendo a expressão de Carlitos”...

Não estou em absoluto me comparando a Chaplin – nem poderia –, mas no cartaz ao lado da bilheteria do “teatro”, em que atuo, está a sinopse do meu trabalho e minhas credenciais... ...se o espetáculo que apresento merece ser assistido, paguem a entrada e o assistam, mas não posso violar minha natureza... ...Se me propusessem um papel em uma versão teatral, em que entrasse calado e saísse mudo, eu a rejeitaria, pois só sou “arteiro” ao expressar meu sentimento através das travessuras que escrevo.

Já nos últimos atos da peça que interpreto da vida, vendo se apagarem as luzes da ribalta, não consigo, neste palco, mostrar um J. P. Fontoura diferente de um Delmar Joaquim Paim Fontoura, porque a “arte” superior da natureza não permite...


Delmar Fontoura.

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