segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Blasfêmia a Drummond!...




Sobre a Palavra Amor.




Oh Drummond! Como não facilitar com a palavra amor,
se até em meus gestos e pensamentos a pronuncio?
Como não flutuar, qual pluma, no vendaval do amor?
Inquietar-me? Sempre, pois o amor só é inquietude...
Lambusar-me? Também, enquanto o amor for néctar.
Não empregar a palavra amor disto dessa razão?
Como se o amor é o contrário do pensamento lógico!...
Não Drummond! Remissão ou não de dor eu quero
é conjugar o amor! Amei, amo e amarei meus amores.
Quero do amor, quebrar seu sigilo, mostrar sua nudez.
Não exilar-me nem no céu, se ele me for concedido,
muito menos na terra, enquanto aqui, a man’do amor...
Pronuncio sim... ...amor!... ...amor!... ...amor!...
 

Delmar Fontoura.

Um comentário:

  1. Márcia Barcellos da Cunha26 de dezembro de 2011 às 14:52

    Parabéns! Lindo! Para cada leitura muita admiração!!!Abraço. Márcia

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