terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Trilogia Ideológica Contrária a Polissemia Social.

Rosa Polissêmica dos interesses sociais.
  

Quando critico o comportamento do político, em exercício ou não, na realidade estou criticando um ser social interagindo na sociedade, pois esta é o instituto da organização através do qual tentamos viver em harmonia. Mas este instituto atribui deveres e restringe direitos a “seres humanos” que são parte de uma natureza com leis próprias não subordinadas e contrárias às imposições da organização social.

De nada valerá a tentativa de convivência social em harmonia sem considerar esta verdade absoluta. Não serão imposições nem restrições, que limitarão a força do ser antropológico interagindo na natureza se ele é matéria desta.

Embora a sociedade nos imponha a obrigatoriedade de sermos do “bem”, o ser humano tanto pode ser “anjo” quanto “demônio”, não por sua vontade, mas porque forças maiores determinam isso... ...ao mesmo tempo o que chamamos de “vida” é, também, o que chamamos de “morte”, se considerarmos que, na “dimensão do universo” em que vivemos, “matéria não nasce nem morre”!...

O que tem nos mantido como sociedade é a força que se constitui na essência natural do convívio social, estabelecendo equilíbrio entre “ações” e “reações” do “ser humano”; constituindo-se num instrumento que deve ser utilizado para harmonia das sociedades. Essa é a razão de devermos exigir essa compreensão do agente político, que deve ser seu promotor, mas ele sempre esteve alheio a esse princípio...

Mas, ao mesmo tempo, devemos nos conscientizar de que a plenitude harmônica de uma sociedade é uma utopia. Não podemos desperdiçar nosso tempo em busca do Jardim do Éden, mas sim concentrarmo-nos na busca do tão necessário equilíbrio entre esses instintos primitivos do ser antropológico, títere da natureza, pois está mais do que provado que não é privilegiando segmentos do Estado, principalmente quando ele se constitui como uma Monarquia apelidada de Democracia, que o atingiremos.

Na busca desse equilíbrio devemos ter em mente que a "sociedade natural" teve origens a partir da natureza orgânica do agente antropológico – o ser humano – não do ordenamento dos estados constituídos, pois estes são apenas invólucros das sociedades modernas. Os agentes gestores, desses estados, devem se subordinar à sociedade não esta a eles.

Não podemos, em hipótese alguma, admitir a ambigüidade dominadora e obscena da trilogia ideológica “Esquerda-Centro-Direita” do exercício político e esquecermos de que as “tendências às políticas de objetivos sociais”  são polissêmicas apontando para todos os quadrantes destes interesses, que são esquecidos por essa nefasta ideologia. Enquanto isso, os fundamentos da organização da sociedade se contrapõem a polissemia de interesses sociais, natureza do ser antropológico interagindo na sociedade, mas devemos estar atentos, pois esta contraposição, embora repudie "freios", suporta “moderação".

A maioria dos pensadores sociais teve grandes idéias às vezes “idéias grandes” mas isoladas e com contornos personalistas, esquecida de que a sociedade natural se fundamenta em “princípios comuns”, que devem se consolidar na sociedade moderna. Foi esta distorção milenar que, até agora, abrigou os grandes equívocos da convivência social onde prevaleceu o egocentrismo do ser humano com efeito contrário ao do agregador nas tentativas que se fez e faz para consolidar essa harmonia, que só poderá ser alcançada a partir do ordenamento consuetudinário dos “instintos primitivos” do equilíbrio de forças antagônicas, que agregam e desagregam, mas que são próprias da natureza humana. 

Caberá ao Estado evoluído, quando se constituir como lídimo representante da Sociedade Organizada, não permitir que o personalismo de seus agentes se sobreponha ao interesse social polissêmico, fundamento do equilíbrio dessa inter-relação, que, ao se consolidar, alcançará o tão almejado equilíbrio natural na paz social, sem utopia!...



Delmar Fontoura.

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