Lula no Céu!...

Já se imaginava como se fosse... ...mas!

Deus ordenou que Lula se apresentasse no Céu:

– O que faço aqui velho?... Disse Lula ao chegar diante de Deus.

– Você veio a meu convite, que fiz a contra gosto, mas recomendado por meu filho predileto. Respondeu Deus.

– Quem é esse cara? Disse Lula demonstrando uma ponta de ciume.

– Acalma-te logo saberás quem é, senta-te, aqui, ao meu lado!...

 Lula, sem olhar para os lados, ensimesmado no pedestal de seu egocentrismo, balbuciou entrecortando as frases:

– Tô por cima da carne seca... ...ao lado “Dele” é o máximo... ...certamente me chamou para elogiar o fenomenal trabalho que faço lá embaixo...

Deus então se levantou e, apontando para seu filho predileto, disse:

– Por favor, Fernando, venha até mim.

Fernando Henrique Cardoso deu dois passos a frente e se pôs em genuflexão, diante de Deus, dizendo:

– Humildemente lhe rogo Senhor, perdoai-me pe...

Deus o interrompeu e colocando a mão direita sobre a cabeça de Fernando Henrique proclamou:

– Levanta-te Fernando... ...não tens por que ser perdoado e foi por isso que te chamei para que viesses até mim...  A partir de agora serás meu substituto, dôo a ti todos os meus poderes... Vou repousar da canseira que Lula e seus aloprados me deram...

De repente ouviu-se um barulho como se um saco de batatas podres tombasse sobre as nuvens numa mistura de todos os sons onomatopaicos possíveis... ...ao mesmo tempo todos olharam para o lado e lá estava Lula, que, inerte, com os olhos esbugalhados e injetados por aquele “olhar 51”, pronunciava suas últimas palavras:

– Não!... Fernando Henrique!?... Nãããããããããããããão....!..

Lula tomba, definitivamente, desta vez acometido de uma síncope de “incontinência neuranêmica” que nutrira por Fernando Henrique Cardoso...

– Paizinho!... ...Socorro!... Paizinho!... ...Socorro!... Pelo amor de Deus, acorda Paizinho!...

Lula é sacudido violentamente por Dona Marisa Letícia I, que grita desesperada pedindo socorro à criadagem do “Paço”!...   Lula estava engolindo a língua ao acordar do terrível pesadelo que tivera...

Delmar Fontoura