terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Na íntegra, sem censura:




Enviado por Maria Helena -

25.10.2009

10h00m

No Blog do Noblat


Ontem, no Blog do Noblat, quando falei sobre a sensação que tenho de ter errado de pessoa, o famoso Erro Fundamental de Pessoa, ao ver que votei em um Lula que não existe, lá pelas tantas me deparei com um poema que dizia, com muita ênfase, e muito bem, o que eu sinto, mas em versos, o que para mim equivale a comandar uma nave espacial, ou seja, poetar é uma viagem que nunca farei.

Pedi ao seu autor, Delmar Fontoura, que permitisse que eu copiasse aqui o poema que ele postou na Nave-Mãe e ele gentilmente permitiu. É o que faço agora:

Falazes Tempos.

Oh falazes tempos!
Quando bradavas por mim,
“Defendendo” meus direitos
Nos Portões das Metalúrgicas.

Oh falazes tempos!
Tu fazias e eu aceitava,
Pois dizias reivindicar por mim
Aos Patrões das Metalúrgicas.

Oh falazes tempos!
Tuas palavras “eram leis”,
Que eu acreditava sem nunca querer saber
Dos Patrões das Metalúrgicas.

Que falazes tempos!
Agora estás do outro lado,
Já não cruzas mais
Os Portões das Metalúrgicas.

E os falazes tempos!
Agora só defendes teus interesses
Cobrando “contribuições”
Dos Patrões das Metalúrgicas.

Falazes tempos?...
Já não delego meus direitos,
Busco eu mesmo conquistá-los.
Já conquistei o que sempre quis,
“Libertei minha liberdade”
Sou o outro lado deste País!...

E os falazes tempos?
Mas que tempos?!
Eram Névoas, se dissiparam!...


       Delmar Fontoura

Um comentário:

  1. Márcia Barcellos da Cunha10 de janeiro de 2012 às 17:28

    Creio que este poema retrata muito bem o sentimento de muitos de nós. Obrigada. Márcia

    ResponderExcluir