quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

DESPERTAR É PRECISO

Do: Hugo Caldas.
Repasse:
"Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada." Vladimir Maiakóvski. Poeta russo "suicidado" pelos comunistas.

"Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar". Martin Niemöller. Simbolo da resistência aos nazistas.

"Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítma. Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles; depois fecharam as ruas, onde não moro; fecharam então o portão da favela, que não habito; em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho". Claudio Humberto. Jornalista.

O que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski. O incrível é que após cem anos, ainda estejamos tão desamparados, inertes, submetidos aos caprichos da ruína moral dos governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos ossos roídos e o direito ao silêncio: porque a palavra, esta há muito se tornou inútil

Hugo Caldas

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