quinta-feira, 26 de abril de 2012

Polissemia Social & Ideologia Politica

A Rosa da Polissemia dos Interesses  Sociais.
A Trilogia Ideológica que Contraria os Interesses Sociais.


Quando critico o comportamento do político, em exercício ou não, na realidade estou criticando um ser social interagindo na sociedade, que é o instituto da organização através do qual tentamos viver em harmonia. Mas este instituto atribui deveres e, ao mesmo tempo, restringe direitos a “seres humanos” que são parte de uma natureza com leis próprias, que não se subordina e é contrária às imposições da organização social. 

De nada valerá a tentativa de convivência social em harmonia sem considerar esta verdade absoluta. Não serão a imposição de deveres e a restrição de direitos que limitarão a força do ser antropológico interagindo na natureza se ele é matéria e títere desta... 

Embora a sociedade imponha a obrigatoriedade de sermos do “bem” o “ser antropológico” tanto pode ser “anjo” quanto “demônio”, não por sua vontade, mas porque a natureza lhe impõem que seja assim... ...ao mesmo tempo as forças do que chamamos de “vida” são, também, as do que chamamos de “morte”, sem considerarmos que na “dimensão” em que vivemos “matéria não nasce nem morre”!...  

Mas o que tem nos mantido como sociedade é a força da essência natural das inter-relações sociais, com seu equilíbrio entre as “ações” e as “reações” do “ser humano”, se constituindo como instrumento da harmonia social. Eis a razão porque deveríamos exigir que o político tivesse essa compreensão e assumisse, de vez, o papel de agente promotor dessa harmonia há muito renegada das plataformas políticas. 

Diante disso, devemos nos conscientizar de que a plenitude harmônica de uma sociedade é uma utopia. Não podemos desperdiçar nosso tempo em busca do Jardim do Éden, em vez disso devemos nos concentrar na busca desse tão necessário equilíbrio entre os instintos primitivos do ser antropológico e o ordenamento social. Mas está mais do que provado que não é privilegiando segmentos do Estado, principalmente, quando este se constitui como uma Monarquia apelidada de Democracia, que atingiremos a harmonia social. 

Na busca desse equilíbrio devemos ter em mente que a "sociedade natural" teve origem a partir da natureza orgânica do agente antropológico – o ser humano – não do ordenamento dos estados constituídos, pois estes são, somente, invólucros das sociedades modernas. Os agentes gestores, desses estados, devem se subordinar à sociedade não esta a eles.  

Não podemos, em hipótese alguma, admitir a ambigüidade dominadora e obscena da trilogia ideológica: Esquerda, Centro e Direita do exercício político e esquecermos de que as “tendências às políticas de objetivos sociais”  são polissêmicas apontando para todos os quadrantes desses interesses e formando a contradição aos fundamentos naturais do desenvolvimento social, pois enquanto este é a “base para organização e harmonia da sociedade moderna” a polissemia de interesses sociais é a natureza do ser antropológico interagindo na sociedade, mas esta interação, embora repudie "os freios", suporta “a moderação"... 

A maioria dos pensadores sociais sempre teve grandes ideias ou “ideias grandes”, mas isoladas e com contornos personalistas, esquecida de que a sociedade natural se fundamenta em “princípios comuns”, com tendência a se consolidar na sociedade moderna. Foi esta distorção milenar que, até agora, abrigou os grandes equívocos da convivência social, onde prevaleceu o egocentrismo do ser humano com efeito contrário ao do agregador nas tentativas que se fez e faz em busca dessa harmonia, que só poderá ser alcançada a partir do ordenamento consuetudinário dos “instintos primitivos” e do equilíbrio de forças antagônicas, que agregam e desagregam, mas que são próprias da natureza humana.  

Concluo afrmando, que cabe ao estado evoluído, quando constituído como lídimo representante da Sociedade Organizada, não permitir que o personalismo de seus agentes políticos se sobreponha ao interesse social polissêmico, fundamento do equilíbrio dessa inter-relação, que, ao se harmonizar, possibilitará a paz social natural!...


Delmar Fontoura.

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