quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Ninho das Víboras


        
          Em 22 de outubro de 2012 eu afirmei que o STF havia desnudado a fase corrupta de um período político, mas que no dia seguinte instalar-se-ia a fase do “terrorismo” Neolulopetista, que essa gente não teria limites, faria tudo para impor-se, porque isso era de sua índole, estava em sua gênese... ...O que ocorreu após, até os dias atuais, comprovam o que afirmei.
 
          Examinemos os argumentos arrolados nas representações em defesa de José Dirceu (PT); João Paulo Cunha (PT); Valdemar Costa Neto (PR); Pedro Henry (PP); José Borba (PP), e constataremos que não se coadunam com o “regramento jurídico” que motivou o Supremo  no julgamento da “Ação Penal 470” (Mensalão), tais foram, nas alegações, o desmesurado desvio ético, tanto quanto foram nas ações criminosas, contrário a todos os princípios estabelecidos na Constituição.
 
Fossem esses crimes de fórum estritamente político, como tentaram e tentam convencer, mesmo assim teriam suas defesas se originado em um improbus litigator”... ...Portanto, em qualquer dos fóruns, teriam sido “homônimas nas origens de seus atos infracionais”, já, lá, caraterizados como inconsistentes em suas essências. A subjetividade nas argumentações das defesas (representativas ou políticas) enseja-me contra-argumentar a favor da veracidade dos fatos evidenciados, o que faço como dever, prioridade do meu direito, enquanto cidadão, consubstanciando meus direitos e deveres “cívicos”. Portanto, como o poder emana do povo, estou fazendo uso de “1/200 milhões de avos” de minhas prerrogativas como ente social!
Penso que a gravidade dos atos ilícitos cometidos pelos réus, agentes políticos ou não, têm o gravame do “peculato” que: José Dirceu, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e José Borba cometeram, pois estes estavam investidos como representantes de Poderes da República e se subordinavam a uma gradação de importância que exigia a fidelidade às normas que regiam suas condutas em obediência ao Decoro de seus cargos e ou mandatos. Naquele espaço de tempo, em que se configuraram tais ilícitos, eles estavam investidos em cargos ou eram mandatários em dois dos três Poderes consagrados pela República Federativa do Brasil, com relações independentes, mas harmonicamente estabelecidas na Constituição.
Ao tempo em que permaneceram como Deputado, Ministro e Presidente de uma das casas do Congresso, no “interstício intertemporal”, ou seja: durante o qual praticavam seus “atos”, vigiam as normas de conduta ética das Casas a que serviam e ou pertenciam, decorrendo dessa relação não um abono, mas sim um desabono agravando suas condutas.
Podemos inferir a partir daí, que o trânsito desses agentes pelos poderes da República, influenciando ou sendo influenciados pelos réus civis, os afastou do dever de manter: A Correção moral; a compostura, a decência, a dignidade, a nobreza, a honradez e o pudor ético, que são as essências do DECORO, estivessem eles onde estivessem, fosse qual fosse a “Entidade Pública” a que estivessem representando; em qualquer dimensão do espaço e do tempo!
Por essas razões é que não posso aceitar que esses réus civis, mas principalmente, os Detentores de cargos, funções ou mandatos públicos, estejam agora alegando estarem sendo injustiçados! Como injustiçados? E a sociedade? Como devemos qualificá-las nessas alegações de injustiça?... ...E os Silvestres, as Marias e suas Crias (sic)!?...
Embora reconhecendo seus direitos de defesa, não posso deixar de lembrar-lhes que, enquanto desqualificam os agravantes da corrupção que praticaram, milhares de Silvestres, Marias e suas Crias minguam na miséria sem os recursos que roubaram... Enquanto, com esse despudor, reivindicam pretensos direitos e esquecem-se das famílias que poderiam ter sido retiradas da miséria se não tivessem roubado R$ 350.000.000, segundo declaração de Marcos Valério, ou R$ 150.000.000 comprovados no Processo... ...Até porque, voluntariamente, se dispuseram arriscar suas liberdades em troca não só das suas impunidades, mas, também, da de seu messiânico preceptor, que, misteriosamente, ou não, não foi arrolado nesse processo... ...Não! Não posso aceitar essa espúria. Ninguém os obrigou a se embrenharem nessa nem tão bem contada aventura... ...Quando se propuseram a tal, apostaram no "bônus, mas esqueceram do ônus"...
Por que, enquanto puderam, com toda a liberdade que tinham e com "a faca e o queijo na mão" junto com Lula, Dilma, PT e àqueles que subornaram, através da compra de votos, nos dez anos de seus mandatos, não promoveram a redenção dos milhares de "Silvestres, de Marias e de suas Crias"? Por quê?... ...Eu lhes digo o porquê: a resposta está no motivo pelo qual foram condenados!...
E ainda manifestam o despudor de não aceitarem uma decisão da instância maior de nossa Justiça e, como num derradeiro escárnio, querem “adjungir para si a última palavra da Lei”... ...Como admitir tal decadência moral dos “defensores” e dos próprios, já, sentenciados:
por Corrupção ativa;
por Corrupção passiva;
por Evasão de divisas; 
por Gestão fraudulenta de instituição financeira;
 
por Lavagem de dinheiro;
 
por Formação de Quadrilha ou bando;
 
por Peculato?
 
Ora! Evidencia-se então que a verdadeira ‘aporia’ não se encontra no texto constitucional, como querem impor a sociedade, mas no fato de terem subornado, material e moralmente, a esta e as Casas do Governo para que pudessem sair inocentados e se apoderarem das instituições, com direito a palavra final sobre seus destinos!... ...Não são a lógica nem a Lei que evidenciam o que afirmo, mas a crueza dos fatos.
        Ao invés de seus libelos, deveriam estar se penitenciando diante desses milhões de desamparados pelo status Neolulopetista, que representam, apóiam e defendem!
 
Custa-me crer que, ainda, reivindiquem esses direitos... ...Onde ficam os direitos do coletivo social, quando, através de sua grei, pregam à sociedade, a aparência subliminar e sub-reptícia de supremos representantes do bem, enquanto se fundamentam em um surrealismo maquiavélico para maximizar o que apresentam como sendo suas virtudes e minimizar o que admitem serem seus defeitos. Em contra partida “satanizam” seus adversários políticos como se fossem inimigos pessoais, quando, desses, maximizam o que atribuem serem defeitos e minimizam virtudes... ...a ponto de propor suas extinções sumárias!
Não, “senhores réus”! Não posso admitir, como cidadão, seus libelos de inocência porque suas culpas são cruéis demais abalizando suas sentenças e invalidando seus clamores... ...Por que, agora, na hora da verdade, se acovardam?
Mas esse ainda não é o fim!... ...A Justiça pode ter entorpecido algumas víboras, mas os ninhos permanecerão nos porões do PT e desse Governo, onde permanecerão por muito tempo (?), entranhados: atrás dos armários; embaixo dos tapetes; sob os telefones; junto às portas dos cofres; nos gabinetes; ao volante dos carros oficiais e nas leis que deixarão, e pior, continuarão exercendo aquilo que melhor fazem, mentindo e difamando, no exercício da política e nos segmentos da sociedade civil... ...Será muito difícil eliminá-los.
  Aguardem...
 Delmar Fontoura


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