terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Perfeição?!...


O Ramo Biológico da Antropologia Social estuda o indivíduo enquanto evolui e interage no tempo e espaço – seu universo – limitados por sua compreensão. Mas ocorre que essas dimensões são infinitas, razão do mistério e dos conflitos do homem com a Natureza e consigo mesmo. Isso é tão real que está acima ou além do que afirmam os ramos do pensamento filosófico... ...Mas para o “bem social” precisamos avançar nessa compreensão.

Em princípio as sociedades estabelecem limites entre o bem e o mal imanentes do caráter, muitas vezes extrapolando a ponto de limitar os imanentes da conceituação maniqueísta, admitindo imperfeição no comportamento do “ser humano”, quando deveriam “regular a perfeição”, que rejeitam por não a compreende-la... ...Não fosse assim como aceitar as ações e reações da evolução do “todo” se não admitirmos a de uma “parte”, que somos nós interagindo nesse todo? 

A lei da Natureza Universal é que regula o equilíbrio entre as “ações e reações” e a “utopia e o pragmatismo” do ser humano.  

O saber, a bondade, a benevolência, a verdade e a paz assim como o egocentrismo, a soberba a onipotência, a mentira e a guerra são apenas apelidos consuetudinários dados às ações e reações do homem, que, na natureza, é partícula infinitesimal dessa perfeição não o contrário como é induzido a acreditar, pois ele não é o centro do universo.

Mas essa compreensão baseia-se em dois fundamentos: a capacidade dedutiva e a mnemônica, que são complementares entre si e congênitas. Os privilegiados ou não pela Natureza, que as tiverem ou não, correrão juntos ou a frente do tempo e do restante e divididem-se em:

a) - Os de percepção completa, que tendem a sublimar-se pela compreensão geral que têm, exemplo:Leonardo da Vinci;

b) - Os de percepção incompleta, são aqueles que desenvolvem somente parte de suas capacidades dedutivas e mnemônicas, exemplo da área: da matemática, da física, da música, da pintura, da Medicina;

c) – Os não privilegiados, que variam da “imbecilidade” (congênita) a “medianidade de percepção”, gravitando dependentes dos dois outros grupos...  

Mas a maior virtude do ser humano não é ser mais ou menos: inteligente, rico, poderoso, reconhecido, mas sim ter essa consciência e saber identificar quem é: suas potencialidades, seus limites e suas fraquezas... ...de reconhecer os limites de suas percepções; poder avaliar a “realidade” que o rodeia. Fora isso é o desconhecimento que se sobrepõe, motivo da desarmonia na interação do ser humano com a Natureza.

Muitos entendem isso, outros, no entanto, poderiam dizer ou pensar: como? O que esse cara ta falando, ou melhor, digitando?... Esse cara é maluco; deve estar voltando, de “férias”, da Pinel; ta “viajando na maionese”...

Não lhes contestaria, mesmo que pudesse, porque estamos, todos, neste contexto e aceito o que são assim como o que sou, pois não posso limitar-lhes, nem a mim, nesse tempo e nesse espaço que são infinitos...

Esse axioma me leva à indagação: que fazem aqueles que deveriam ter essa compreensão?...  ...Devemos, no mínimo, pensar sobre isso!

Delmar Fontoura.


3 comentários:

  1. Márcia Barcellos da Cunha27 de dezembro de 2011 às 14:53

    O ser humano, no atual estágio evolutivo em que se encontra, ainda apresenta grande dificuldade em admitir suas limitações,fraquezas...Há muito que caminhar nesse sentido.Abraço. Márcia

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  2. Márcia Barcellos da Cunha28 de dezembro de 2011 às 03:50

    Os textos que vc posta no blog são um belo convite ao estudo e reflexão. Parabéns! Abraço. Márcia

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  3. Márcia Barcellos da Cunha28 de dezembro de 2011 às 04:02

    O texto nos proporciona grande oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o ser humano, tão complexo. O quarto parágrafo aborda com exatidão questões ainda difíceis para o ser humano. É aí que escorregamos...É uma luta interior muito grande até atingir esse nível de entendimento, não? Grande abraço. Márcia

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