terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Essência da Ética Política.



Existe um axioma antropológico, fundamentado na lei da Natureza, que conduz o ser social estabelecendo o equilíbrio entre suas ações e reações como agente dessa interação, origem do conflito que diferencia o homem ético do homem corrupto.

Essa é a razão pela qual os preceitos teóricos e práticos da Ciência Política não conseguem mais explicar o comportamento da maioria esmagadora daqueles que dizem exercer política no Brasil.

Mas por quê? Ora, por que não é política o que exercem, mas ações que só podem ser analisadas a partir dos princípios da Antropologia, através dos quais o homem é descrito segundo as características identificatórias de suas relações: social, humana e natural, propondo conhecê-lo segundo: seus costumes, suas crenças, a forma como se organiza e esse seu comportamento que envolve, dentre outros, a essência de sua moralidade.

Sob esse aspecto observa-se que esses agentes não se dedicam à lide por ideologia ou pela representatividade do coletivo exigida pelos cargos ou funções que ocupam ou visam ocupar, o que explica a incongruência na função orgânica da Gestão do Governo Neolulopetista.

Sabemos que a burocracia constitucional possui uma parafernália de normas e regulamentos coibitivos da corrupção, mas o maior delito desse governo é a própria: a corrupção.

No atual ordenamento justicialista, do exercício político na gestão da “Coisa Pública”, trinta Leis, com seus: Artigos, Parágrafos e Alíneas, mandam punir um “infrator”, mas uma Alínea – somente uma – manda absolvê-lo... ...além, é claro, do nefasto aparelhamento formatado a partir de uma pseudoideologia...

É tão injusta essa Justiça, que “infratores” burlam a Lei e se vangloriam, debocham e escarnecem, sobre a sociedade em nome da burla!

Por isso a essência da lei natural e perene deve ser preservada através da reação do homem ético manifestando, pelos meios que dispuser, suas reações de indignação e repúdio às ações de corrupção que encontrar no seu “caminho”.

 François Caranna traduz muito bem essa aberração ao dizer: “Quando o “chefe do bando” se arroga o título de rei, as rapinas e os golpes recebem os nomes lisonjeiros de troféus e vitórias”.

Portanto a esse Ser Social e ou Político, enquanto representante de uma “coletividade”, caberia manter: a correção moral, a compostura, a decência, a dignidade, a nobreza, a honradez e o pudor ético que constituem a essência do decoro, em “qualquer dimensão do tempo e do espaço sócio-político”, mas não mantém.

Por essas razões as Três Casas do Governo estão apodrecidas, que é de onde os “vermes” se disseminam para as unidades do Estado brasileiro. Mas o pior de tudo é que esses vermes já tomaram conta do últimos refúgios de nossa soberania: a Sociedade Civil e a “Malha da Justiça”!...


Agora é a vez dos “vermes”
Se banquetearem com o que jaz
Inerte, sem as sábias vozes e letras,
Em agonia, imperfeito sim,
 Mas este é o meu País.
Oh! Nevoas sujo-escuro sujas!... 

“Estrofe de em prosa e versos: A Gênese”. 

Os “delitos” que se caracterizam como transgressão e a "obediência" aos fundamentos da ordem social, são os princípios, que, na letra fria da Lei, se antepõem  por uma linha muito tênue, que foi amplamente alargada pelo “Justicialismo político” para dar passagem ao séquito de saqueadores aloprados do Neolulopoetismo.

Vê-los caminhar nessa faixa escura do aparelhamento na gestão desse Governo e ou do exercício político não causa mais espanto aos hipnotizados pela “síndrome de submissão” imposta por essa “pseudoideologia do mal”. Até quando vão durar essas indiferenças de “mercadores” que: olham e não enxergam; ouvem e não escutam... ...mas eu

Não emburrei, nem sou burro
Não sou cego, pois eu vi.
Não me digam que não sei.
Não digam que não entendi!... 

Sei que não foi tudo o que vi.
Sei o tudo que vi e quis ver.
Sei do resto daquilo que vi.
Sei que não vão querer ver!... 

Não imaginam o tanto que vi.
Não sabem quão feio é esse tanto.
Não viram, pois não quiseram.
Não quiseram aquilo que viram!... 

Sei que adianta pouco dizer muito.
Sei que dizer muito pouco adianta.
Sei que querer dizer não adianta muito.
Sei que ouvir dizer mais dúvida levanta!... 

Não!... Pior é pensar que sei tudo.
Sei!... Pior de tudo é o que não sei.
Não!... Pior é não saber o “quê” de tudo.
Sei!... O “quê” é o pior “tudo” do que não sei!...

(As’simetrias do Não Sei).

Delmar Fontoura. 

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